A era digital, em especial com o
advento da internet, abriu caminhos e trouxe ao homem o acesso a um novo espaço
comunicacional. Em meio a uma diversidade linguística e cultural, algumas vezes
a pontada como forma de inserção na cultura globalizada, a língua inglesa é
onipresente de forma mais ou menos explícita, em diversos setores da
sociedade.
A fim de atender às
necessidades do mundo globalizado, em consonância com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (BRASIL, 1996), a língua inglesa, bem como as demais línguas
estrangeiras modernas, antes considera das complementares, adquire a
configuração de uma disciplina tão importante como outra do currículo do ponto
de vista da formação do indivíduo no cenário mundial. Integrada à área de
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, assume condição de parte indissolúvel
do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao educando aproximar-se
de diferentes culturas, propiciando sua inserção no mundo globalizado.
Na mesma direção, os Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira (BRASIL, 1998) ressaltam a
importância de abandonar um tipo de ensino meramente reprodutivo, para adotar
uma modalidade em que haja a aproximação das situações de aprendizagem ao
cotidiano do aluno. AZEVEDO, Nadia Pereira Gonçalves de; BERNARDINO JÚNIOR,
Francisco Madeiro; DARÓZ, Elaine Pereira. O professor e as novas tecnologias na
perspectiva da análise do discurso: encontros em sala de aula. Linguagem
em Discurso–Lemd, Tubarão, SC, v. 14, n. 1, p. 15-27, jan./abr. 2014.
Página21.
A partir de um processo de
dissimulação/incorporação dos sentidos regularizados na sociedade acerca do uso
das TIC em ambiente escolar, é possível verificar nas formulações a
interpelação ideológica, sob a forma de uma identificação do sujeito à tecnológica que o constitui, compreendida como sua forma sujeito. Todavia, a
partir das sequências discursivas, observa-se que essa identificação se dá a um
nível aparente, na medida em que o sujeito encontra-se as sujeitado a esse
saber, impelido pelo poder público à utilização de tais recursos na prática docente.
Nos enunciados, é possível perceber esse
confronto entre língua e ideologia na interpelação do sujeito acerca do uso das
TIC na língua inglesa, a partir das expressões “tem que tá”, “tem que levar” no
que se refere à sua posição frente às tecnologias.:“gente tem que tá
acompanhando as mudanças”: “E a gente tem de se fazer, né? Tem de se abrir a
isso, tem que deixar as coisas irem acontecendo”.Não se percebe uma identificação
do professor frente ao uso das TIC, mas, antes,uma coerção à sua
utilização.Parece haver uma ordem de fazer ou não fazer. Tal pensamento pode
ser compreendido no dizer das participantes, pelo antagonismo dos termos
“promessas” e “prática”. “As promessas são muitas, mas na prática na da
funcional”. “isso tudo é muito bacana, mas existem muito sem traves”.É
possível notar a contrai identificação do sujeito à referente à utilização
das TIC, que o constitui a partir das marcas no dizer do sujeito pelo
antagonismo dos termos “promessas”, “prática” e, ainda, “bacana” e “entraves”,
realçando a distância entre a teoria e a prática docente.
Tal situação proporciona, ao
professor, um sentimento de frustração, na medida em que as promessas trazem
esperança, porém, na prática, o professor não se identifica com os recursos
disponíveis para a utilização das TIC em sala de aula. Observa-se, assim, um
desacordo entre o discurso científico, no qual o professor, a priori, reproduz
os sentidos regularizados, e sua posição sujeito na sociedade tecnológica.
Nesse ponto, o sujeito não mais reproduz os sentidos regularizados acerca da
utilização das TIC na prática docente, mas opera uma contrai identificação a
tais sentidos, confrontando tais saberes acerca dos recursos tecnológicos em
sala de aula.
Smartphone : eles podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos alunos e professores. | ||||||||||
Um dos grandes problemas das
escolas jurássicas é a estreiteza de visão de gestores e educadores sobre o
impacto e a extensão da aplicação de novas tecnologias no processo educacional.
Já estamos todos cansados de repetir e concordar que nosso
modelo escolar é ruim e precisa ser reinventado (só tapar o sol com a peneira
já não dá mais). Já há um consenso muito bem estabelecido de que as novas
tecnologias de informação e comunicação (TIC) têm um papel fundamental nessa
reconstrução. Porém, os falsos paradigmas da escola jurássica e o apego quase
nostálgico a práticas e hábitos ultrapassados ainda sobrevivem e impedem que
gestores e educadores promovam mudanças.
O uso pedagógico dos smartphone como
meios de transformar a maneira como se ensina e propiciar novas formas de aprendizagem,
de forma que o ensino se aproxime mais da dinâmica como o aluno aprende
atualmente. Porém, há muito mais que podemos fazer pelos nossos alunos, e por
nós mesmos, ao incorporar as novas tecnologias em nossa prática de ensino.
O uso das TIC causa impacto dentro e
fora da sala de aula e abrange algumas questões que raramente nos chamam a
atenção, mas que se relacionam diretamente com as nossas práticas em sala de
aula e na escola de maneira mais geral. Essas questões que, aparentemente, extrapolam
o universo da sala de aula, são igualmente fundamentais se pretendemos uma
escola feita para alunos e não apenas para professores e gestores terem um
local para trabalhar.
Nesse artigo eu volto ao tema dos móbiles,
mas com um enfoque que extrapola a prática de sala de aula para abarcar também
a qualidade de vida dos nossos alunos. Como não poderia deixar de ser, retomo
também o uso pedagógico dos mobiles e tento apontar alguns caminhos possíveis
que eu mesmo e muitos outros estamos tentando trilhar.
A primeira proposta é simples: vamos rever o
material escolar de nossos alunos e aliviar o peso de suas mochilas?
A segunda é mais complexa: vamos refletir
sobre nossa capacidade de aplicar a nós mesmos as teorias que aprendemos na
faculdade (Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, etc. etc) e tentar uma ação
concreta?
Mochilas escolares, dores e
problemas posturais
A mochila escolar não pode pesar
mais do que 10% do peso da criança.
Diversos estudos já mostraram que as
mochilas escolares podem causar problemas posturais e quadros de dores nos
ombros, costas e outras partes do corpo sensíveis a sobrecarga de peso
transportado.
Segundo esses estudos a carga
máxima que uma criança deveria transportar em sua mochila não deve ultrapassar
10% de seu peso. A conta é simples:
Carga máxima = 100 x (peso da
mochila)/(peso da criança)
Se o resultado dessa conta for maior do
que 10 isso quer dizer que a criança está transportando um peso excessivo e,
provavelmente, terá problemas de saúde como consequência.
Há várias maneiras de tentar contornar
o problema do sobrepeso das mochilas. Algumas são indicadas no final do artigo,
nas referências de pesquisa na internet. Porém, a maneira mais simples de
resolver o problema é simplesmente reduzir a quantidade de itens transportados.
Se olharmos com atenção
veremos que as mochilas são mini papelarias ambulantes e mesmo retirando delas
todos os itens supérfluos ainda restarão muitos itens pesados, sendo que,
geralmente, estes são os mais importantes.
Estudos também mostram que o peso das mochilas aumenta
conforme a idade e a série escolar de forma desproporcional ao aumento de peso
das crianças. Nas séries finais no Ensino Fundamental as mochilas pesam bem
mais porque os alunos transportam mais cadernos, dicionários e livros de
diversas disciplinas.
Proponho, além da reflexão sobre esses “porquês inexplicáveis”, uma ação concreta que nos permita passar de elementos passivos ou observadores críticos para atores criativos: vamos “chutar o balde”? Mesmo que você acredite (e não saiba racionalmente porque acredita) que o uso de smartphones é mais prejudicial do que benéfico, aceite o desafio de usá-los por dois meses (um bimestre!).
Combine com seus alunos que tragam para a aula seus smartphones, tablets, netbooks e notebooks e comece a propor que eles sejam usados em atividades rotineiras da aula como: copiar a lousa, escrever textos, pesquisar palavras em dicionários, assuntos em enciclopédias ou na internet, etc. Explore as possibilidades!
Podemos ter duas proposta, o alivie do peso da mochila com tecnologia e o peso da sua consciência com tecnologia.
Fotografar a lousa é uma forma inteligente de copiá-la.
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O uso de Smartphone em sala de aula
Segue o link para o questionário online:
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